Arte Sacra


MESTRE FRANCISCO XAVIER DE BRITO - Magnífica imagem de Nossa Senhora da Conceição em madeira policromada

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MESTRE FRANCISCO XAVIER DE BRITO - Magnífica imagem de Nossa Senhora da Conceição em madeira policromada apoiada sobre nuvens ladeada por duas luas e cinco querubins sobre base hexagonal com entalhe de acantos. Obra de excelente perícia escultórica com características do Mestre observadas nos detalhes do manto esvoaçante e pregueados, leve inclinação do torso e cabeça ao lado direito, delicadeza de mãos juntas, dobras das mangas e manto nos braços, rostos de fina expressão, palpebra em meia altura, delicado nariz e boca pequena, querubins com finas faces e posições distintas e cabelos cacheados retratando cinetismo sobre as nuvens. Policromia dourada à folha de ouro com pintura esgrafiada de rica folhagens, concheados e acantos com borda finamente pontilhada e esculpida em elementos florais. Século XVIII. Alt.: 45 cm

***  Francisco Xavier de Brito (Lisboa data de nascimento desconhecido — Ouro Preto, 24 de dezembro de 1751) foi um entalhador e escultor português, responsável por diversas talhas de Igrejas do período Barroco Mineiro. Como mestre-escultor realizou a talha dos seis altares laterais da Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência no Rio de Janeiro, entre 1735 e 1738[1]. Após a conclusão da Igreja, mudou-se para Minas Gerais, onde executou o risco da talha da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, em Catas Altas do Mato Dentro. Outras obras de Xavier de Brito em Minas foram a talha da Igreja de Santa Ifigênia (ou Nossa Senhora do Alto da Cruz em Ouro Preto), onde realizou trabalhos em 1747 e 1748 na capela-mor com esculturas de anjos; e o altar-mor da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar, de 1746 até 1751[1].Francisco Xavier de Brito faleceu em Ouro Preto no dia 24 de dezembro de 1751, uma sexta-feira. A presença de muitos querubins é uma marca de suas obras. As tarjas e medalhões são sempre rodeados por anjos e sempre valorizados pelo movimento[1]. A talha da capela-mor da Igreja Matriz e Basílica de Nossa Senhora do Pilar, realizada por Xavier de Brito, é considerada a obra-prima do gênero no período[2]. O trabalho inclui a Virgem do Pilar entronizada em local tradicionalmente reservado ao Santíssimo Sacramento e a coroação é rodeada por vários anjos e querubins de diferentes tamanhos. As colunas salomônicas e as pilastras chamadas de quartelões foram adotadas como elementos de suporte[2]. ***